Letra A
Ààbò - metade
Ààfin - Palácio, residência de um rei (Oba)
Àáké - machado
Ààrè - doença, fadiga, cansaço
Ààyè - vida
Aba - escada de mão
Abánigbèro - conselheiro, aquele que aconselha, um sábio mais velho
Abanijé - difamador
Abaya - rainha mãe
Abélà - vela
Abomalè - aquele que cultua os ancestrais (egúngún)
Abòrisà - aquele que cultua/adora os orixás
Aboyún - mulher grávida
Abuku - desgraça
Adèbo - pessoa que prepara a comida com os animais oferecidos em sacrifício de acordo com as regras religiosas
A dúpé - agradecemos a você
Afará - oyin - fovo de mel
Àfomó - doença infecciosa, trazida pelo Orixá das doenças infecciosas (Babaluaiyé; Xapanã)
Àgàn - mulher estéril
Agbádá - vestes sacerdotais
Àgbàdo - milho, sagrado para o Orixá Èsù (Bará)
Àgbaiyé - o mundo inteiro
Àgbon - coco
Àìsàn - doença
Áike - machado
Aláàfin - título tradicional para o rei de Oyó
Letra B
Báàlè - chefe de um povoado, com menos status que um Oba
Bàbà - milho da Guiné
Babagba - homem velho, geralmente o avô
Báde - caçar em grupo
Bájà - lutar, brigar
Balògun - chefe da sociedade dos guerreiros
Bàlagà - entrar na maturidade
Barapetu - grande, uma pessoa de distinção
Burú - ruim, negativo, destrutivo
Letra D
Dáàdáà - bom ou bonito
Dabòbò - proteger, fornecer proteção
Dàgbá - envelhecer, ficar velho
Dàgalágbà - tornar-se um homem adulto
Dalè - quebrar uma promessa
Dára - bom, ser bom
Dáradára - muito bom, tudo certo
Délade - coroar um rei
Dele - chegar em casa
Dídá - ara - boa saúde
Dígí - espelho
Dùbúlè - deitar
Letra E
Éèdì - encanto, feitiço
Éègun - ossos, ossos humanos
Efi - fumar
Égbéé - amuleto de proteção para o Orixá (Ògún)
Egbò - chaga, ferida
Égún - espírito dos ancestrais
Eji - chuva
Ejò - cobra
Èké - pessoa mentirosa, falsa, fraudulenta
Ékú - rato
Elégbògi - curandeiro que usa ervas
Elésù - pessoa que adora o mensageiro Èsú
Elu - estranho
Enìní - inimigo
Enini - orvalho da manhã
Erinká - milho na espiga
Erú - carregamento, fardo
Erupe - sujo
Ewé - folha de planta
Ewu - perigo
Ewú - cabelo grisalho, sinal de dignidade
Ewure - cabra
Èdán àrá - pedra de raio, sagrada para o Orixá Sàngó
Edùn - machado
Efó - vegetais verdes
Èfóri - dor de cabeça
Ègbé - comunidade de pessoas com o mesmo propósito
Eiye - pássaro
Èmí - respiração, também se refere a alma humana
Enyin - você
Èrúbo - compromisso de fazer uma oferenda aos Orixás
Èwòn - corrente
Letra F
Faiya - encantar, seduzir
Fári - cortar o cabelo com lâmina
Fe - há muito tempo
Fèrè - flauta
Fé - amar
Féniyawo - casar
Fijúbà - respeitar
Fòiya - estar com medo, amedrontado
Fowólérán - agir com paciência
Funfun - branco
Fúnwiniwini - garoar
Fúnlèfólorun - dar liberdade, agir de maneira certa
Fúù - o som feito pelo vento
Letra G
Gáàri - refeição feita de farinha de mandioca
Gala - veado, alce
Géndé - homem forte
Gèlédé - sociedade dedicada a homenagear os ancestrais
Góòlù - ouro
Gòmbó - cicatriz; marca no rosto que indica linhagem
Gun - subir
Gùn - pessoa alta
Gunnugun - abutre, urubu
GB
Gbabe - esquecer
Gbada - faca com lâmina grande
Gbàdúrà - rezar
Gbagbo - acreditar
Gbaguda - farinha de mandioca
Gbajumo - cavalheiro; homem gentil
Gbé - levantar
Gbédè - agir de maneira inteligente
Gbérè - cumprimentos
Gbese - dívida
Gbéyàwó - casar
Gbóju - bravo
Gbórín - grande
Gbúròó - ouvir
Letra H
Hà - expressão de prazer
Halè - amedrontar, ameaçar, intimidar
He - pegar, apanhar
Hó - ferver
Hun - tecer, trançar
Hùwà - comportar-se
Letra I
Ìbà - homenagem em respeito aos Orixás
Ìbamolè - forças espirituais que são merecedoras de respeito
Ibà pójúpójú - febre muito alta
Ibòòji - sombra
Ibúlè - àrun - leito de doença
Ibúlè - ikú - leito de morte
Ibùsùn òkú - cemitério
Ìdáwò - consulente de adivinhação
Ifáiyable - visão mística
Ìfeseji - perdão
Iga - quintal de um ancião
Ìgbà - história
Igbado - milho
Ìgbàlè - cemitério
Ìgbín - lesma, caracol
Igbó - floresta
Igbódù Òrìsà - local sagrado para iniciar uma pessoa nos mistérios dos Orixás
Ìgboro - rua, estrada
Igi - òpe - palmeira
Ihò - buraco
Ija - luta
Ikú - morte
Ikùn - estômago
Ilà - marcas faciais
Ìlù - tambor
Ìmale - respeito ao ancestral
Ìmáwò - ara - encarnação, estado de reencarnação
Ìmólè - forças da natureza (Òrìsà)
Imo - ope - folhas de palmeira
Ìpàdé - encontro
Ipin - guardião
Ìràwò - estrelas
Ìtefá - iniciado nos fundamentos de Ifá
Ito - urina
Ìyáláwo - divindade feminina, mãe dos mistérios
Ìyálè - esposa mais velha em uma família polígama
Imonamona - raio
Iná - fogo
Ìpelé - pequena cicatriz facial que indica a linhagem familiar
Ìpitan - tradição oral
Ìrawò - estrelas
Ìrésì - arroz
Ìrèmòjé - cânticos do funeral dos caçadores
Irin - ferro, sagrado para o Orixá Ògún
Irun - cabelo
Irúnmòle - forças da natureza (Òrìsà)
Ìsàlè - órgãos reprodutores
Ise - trabalho
Ìségún - reverência aos antepassados
Isinkú - funeral
Ìtan - história, lenda, mitologia
Ìtan - àtowodowo - lenda tradicional, história sobre os orixás
Ìwà - àgba - caráter de um ancião
Ìwà - édá - natureza
Iwóòrò - ouro
Ìyá - mãe
Ìyá - àgan - mulher mais velha, (anciã), dentro da sociedade dos médiuns ancestrais
Ìyáàgbà - avóÌyáláwo - divindade de ifá feminina, significa: " mãe dos mistérios ".
ÌYálorísà - mulher iniciada nos mistérios das forças da natureza (Òrìsà).
Ìyálè - esposa mais velha em uma família polígama.
Iyekan - ancestrais do pai
Letra J
Jade - sair
Jádeogun - preparar o combate
Jádi - atacar
Je - comer
Je ewo - má sorte que vem como o resultado de uma violação de tabu/regra
Jéjé - rogar uma praga
Jeun - comer
Jéwó - confessar
Jé - acordar
Jigi - espelho
Jije - comer
Jikelewi - borrifar
Joko - sentar
Jóná - estar em chamas
Jóò - desculpar, perdoar
Jowo - grande favor
Juba - rezas, pedido
Letra K
Kàdárà - destino
Kábiyèsí - cumprimento de respeito a um rei (oba)
Kábíyèsìlè - expressão de respeito a um chefe ou mais velho
K'àgò - pedir permissão para entrar em uma casa
Kalè - sentar
Kaná - estar em chamas
Kárò - bom dia
Kárùn - ficar doente
Kàwe - ler
Káwó - saudação, aclamação
Ké - cortar
Kedere - clarear, esclarecer
Kékeré - pequeno
Kéré - ser pequeno
Kéhìndé - o segundo gêmeo a nascer
Kíkún - mortal
Kiniun - leão
Kórira - odiar
Kókóró - chave; sagrado para o mensageiro Exu (Èsú)
Kòla - noz de cola amarga. Sagrada para a maioria dos Orixás
Korin - cantar
Ku - morrer
Kunle - ajoelhar no chão como um gesto de respeito, tanto para um local sagrado como para uma pessoa mais velha
Kunrin - cantar
Kurumu - redondo
Letra L
Lá - sonhar
Lábelè - secretamente
Láikú - imortal
Làí - làí - o começo (considerar tempo)
Láí - láí - para sempre
Làlóju - esclarecer, iluminar
Létòl'tò - segmentos de um ritual
Léwà - ser bonito
Lódè - do lado de fora
Lodê oni - no presente
Lókun - forte
Lóni - hoje
Lówò - ser rico, ter abundância
Lókan - bravo
Lukoun - pênis
Letra M
Ma - de fato, realmente
Maga - sacerdote chefe do Orixá Xangô (Sàngó)
Màlúù - boi
Màrìwò - folhas de palmeira
Méjì - dois
Mérin - quatro
Mérìndílógún - dezesseis (16), também usado para referir a um sistema de adivinhação usado pelos iniciados de Orixás que está baseado nos primeiros dezesseis versos da divindade Ifá (Odù)
Meta - três
Méwà - dez
Mi - engolir, respirar
Mímo - sagrado, divino
Míràn - outro
Mo - eu
Mojú - saber, conhecer
Móoru - tempo quente
Mu - beber
Letra N
Ná - primeiro de todos
Nba - juntar-se
Nfe - amar
Nje - bem
Njo - dançar
Ni - dizer, ser, alguém, aquele, depende do contexto
Nígbàtí - quando
Nikan - sozinho
Níle - em casa
Nko - não
Nlá - grande
Nlo - indo
Nmu - bebendo
Nrin - caminhando
Nro - pensando
Nyín - você
Letra O
O - ele, ela, isto
Obì - noz de cola, usado num sistema simplificado de adivinhação
Obí - sexo feminino
Ogìnrin - mulher
Óbo - vagina
Obuko - bode
Òde - do lado de fora
Òde ayé - o mundo todo
Odideé - papagaio
Odò - rio
Òdodo - justiça
Odukun - batata doce
Òfin - lei, direito
Ogbe - crista de galo
Ogbo ato - ficar velho, vida longa
Ogboni - sociedade de homens anciões que adoram o Orixá Onile
Ògèdè - encanto, feitiçaria
Ojise - mensageiros
Òjò - chuva
Òjòlá - jibóia
Ojú - olho ou face, dependendo do contexto
Ojù àse - força nos olhos
Ojugbede - sacerdote chefe do Orixá do ferro Ògún em Ilé Ifè
Ojubona - professor
Ojú - óòri - sepultura, túmulo
Ojú ònà - caminho, estrada
Oku - cadáver, defunto
Okun - o oceano
Olé - ladrão
Olórí - chefe
Olosa - Orixá da laguna
Oluwo - chefe adivinhador de Ifá do conselho masculino dos anciãos
Omi - água
Omi ayé - as águas da terra
Omi - tútù - água fria
Omira - sangue menstrual
Ònà - estrada, caminho
Oníbàárà - cliente
Oníbode - porteiro
Onílé - guarda da casa
Oni're - nome em louvor para o Orixá do ferro Ogun, que significa "chefe da cidade de Ire"
Onísé - trabalhador
Òòsà - o mesmo que Orixá
Òòsàoko - Orixá da fazenda
Opèlé - corrente usada pela divindade Ifá, significa: " enigma da palmeira "
Òpin ìsìn - o fim do ritual
Òpópó - rua
Òpùrò - mentiroso
Orílè - nome de uma nação
Òrisà bi - esposa de Orungan
Òtitó - verdade
Otu - sacerdote que faz oferendas em nome do Rei (Oba)
Owó - dinheiro
Oyin - mel
Oba obìnrin - Rainha mãe
Ode - caçador
Òdúndún - erva medicinal
Ofà - flecha
Ofò - feitiçaria
Oka - cobra
Okòn - coração
Olona - nome em louvor ao Orixá Ogun que significa: "proprietário da estrada"
Olòwò - sábio mais velho
Omo - criança
Omodé - criança jovem
Ònà - estrada
Òòni - O Rei da nação Yorubá
Ope - palmeira
Osán - fruta
Òsányìn - Orixá das ervas e dos medicamentos
Òsè - semana ritual de quatro dias
Òsóòsì - orixá da caça
Letra P
Pàdé - encontrar
Pákí - farinha de mandioca
Pákórò - ritual noturno nos funerais
Paré - desaparecer, ser destruído
Pari - completar
Pariwo - gritar
Pèlé - marcas na face. Caracteriza as famílias
Peleke - aumentar
Pín - dividir, repartir
Pitan - contar historias
Pòòkò - copo feito de uma casca de coco
Pupa - vermelho
Putu - bom
Letra R
Rà - comprar
Rá - engatinhar
Rári - rapar a cabeça, o primeiro degrau da iniciação
Rèrè - coisas boas, boa fortuna
Réin - rir
Riri - tremer de medo
Ròjo - chover
Run - perecer, sucumbir
Letra S
Sáà - estação, determinado espaço de tempo
Sàn - estar bem
Sánmò - céu
Sanra - estar gordo
Sè - cozinhar
Sééré - chocalho, sagrado para o Orixá Sàngó
Sinsin - descansar
So - amarrar
Sódé - fora
Sòrò - falar
Sun - dormir
Sunkun - chorar
Sánku - morte prematura
Ségègé - tirar a sorte, fundição de certas formas de adivinhação
Sèké - mentir
Sòkoto - calças
Sòtito - ter fé
Letra T
Tà - vender
Táìwo - o primeiro gêmeo a nascer
Táláká - pessoa pobre
Téfá - iniciação Ifá
Tanná - acender a luz
Tara - pequena pedra
Te - estabelecer
Tè - pressionar
Té - espalhar
Telé - seguir
Tímótímó - pequeno
Tìnùtìnù - sincero
Titi - até
Tóbi ode - caçar
Túndé - renascer
Tutu - frio
Letra W
Wà - ser
Wádi - fazer perguntas
Wejeweje - coisas boas
Were - jovem
Wo - relaxar
Wo'gun mérin - os quatro cantos do mundo, as quatro direções
Wolé - entrar
Woléwòdè - entrar e sair
Won - então
Wípé - dizer algo
Wó - o qual
Wòran - assistir
Wodi - investigar
Letra Y
Yá - inundar
Yà - virar para o lado
Yalayala - gavião, rápido, veloz
Yàn - escolher
Yanran - bom
Yara - quatro
Yára - ser rápido
Yesi - quem
Yeye - mãe
Yewere - sem valor, indigno
Yèyé - bobagem
Yi - isto
Yibi - grandeza
Yio - desejo
Yo - aparecer
Letra X
Xaorô - Tornozeleira de palha da costa usada durante o recolhimento para o processo de iniciação.
Xarará - Instrumento simbólico do Orixá Obaluaiyê
Xê - Fazer
Xirê - Festa, brincadeira
sábado, 19 de março de 2011
SAUDAÇÕES AOS ORIXÁS E ENTIDADES
Oxalá
- Epa epa Babá! (yorubá)
Epa epa(exclamação de surpresa, grande admiração pela honrosa presença); Babá (pai)
Omulu/Obaluaie
- Atoto! (yorubá)
Atoto (Silêncio) – Silêncio! Ele está entre nós!
Oxóssi
- Okê arô! (yorubá)
Okê (monte); arô (título honroso dado aos caçadores) – Salve o grande Caçador!
Oxum
- Ora iê iê ô ! (yorubá)
Salve a Senhora da bondade!
Ogum
- Patakori Ogun! (yorubá) ou ainda, Ogunhê! (brado que representa o força de Ogun) pàtàki (principal); ori (cabeça) – Muita honra em ter o mais importante dignitário do Ser Supremo em minha cabeça!
Yemanjá
- Odô-fe-iaba! (yorubá) ou ainda, Odô iá!
Odô (rio); fe (amada); iyàagba (senhora) – Amada Senhora do Rio (das águas) !
Xangô
- Kawô Kabiecile! (yorubá)
Ká (permita-nos); wô (olhar para); Ka biyê si (Sua Alteza Real); le (complemento de cumprimento a um chefe) – Permita-nos olhar para Vossa Alteza Real!
Iansã
- Eparrê Oiá! (yorubá)
Eparrê (saudação a um dos raios do Orixá da decisão); Oyá (nome por que é conhecida Iansã) – Saudação aos majestosos ventos de Oyá!
Ibêji
- Oni Beijada! (yorubá) ou ainda, Beji, Beijada!
Ele é dois!
Nanã
- Saluba Nanã! (yorubá)
Salve a Senhora Mãe de todas as Mães
Ossaim
- Euê-ô! Euê-ô! Euê-ô! (yorubá)
Ewe (folhas); O (sufixo para cumprimentos (salve) – “Salve as folhas!” ,ou melhor “Salve o Senhor das folhas!”
domingo, 13 de fevereiro de 2011
GOVERNADOR E MINISTRA ENTREGAM REFORMA DE TERREIRO
Jaques Wagner, Mãe Stella de Oxossi e a ministra Ana de Hollanda no Ilê Axé Opô Afonjá
As obras de reforma das Casas de Oxalá e de Iemanjá do terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, localizado em São Gonçalo do Retiro, no Cabula, foram entregues nesta sexta-feira (11), em solenidade que contou com a presença do governador Jaques Wagner, da ministra da Cultura, Ana de Hollanda, do presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, além de secretários estaduais. Considerado um dos mais antigos terreiros do Brasil, o terreiro recebeu investimentos de R$ 560 mil, recursos advindos do Iphan. Foram realizadas obras de reforma e recomposição de paredes e alvenarias, nova estrutura de sustentação do telhado, readequação dos espaços internos, instalação de gás, execução de novas instalações elétricas e hidrosanitárias, entre outras benfeitorias. “É uma grande honra ter sempre pessoas trabalhando pelo sagrado. Os órgãos estaduais e federais sempre fazem alguma coisa aqui, nos ajudando a preservar a cultura africana. Estou realizada, porque nossos pensamentos foram escutados e as ações concretizadas”, afirmou Mãe Stella de Oxossi, que durante as comemorações presenteou o governador e a ministra, que é irmã do cantor Chico Buarque, com a réplica de um orixá.
Fonte:http://www.bahianoticias.com.br/
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Acarajé
Acarajé, Akará ou Acarajé, é uma comida do ritual do Candomblé da orixá Iansã e uma das delícias da culinária afro-brasileira feito de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, frito em azeite-de-dendê, podendo ser servido com pimenta, camarão seco, vatapá, caruru, salada, praticamente todas estas iguarias são pratos da cozinha baiana.O acarajé também é um prato típico da culinária baiana e um dos principais produtos vendidos no tabuleiro da baiana (nome dado ao recipiente usado pela baiana do acarajé para expor os alimentos), que são mais carregados no tempero e mais saborosos, diferentes de quando feitos para o orixá.
Na África, é chamado de àkàrà que significa bola de fogo, enquanto je possui o significado de comer. No Brasil foram reunidas as duas palavras numa só, acara-je, ou seja, “comer bola de fogo”. Devido ao Modo de Preparo o prato recebeu esse nome.
O acarajé, o principal atrativo no tabuleiro, é um bolinho característico do candomblé. Sua origem é explicada por um mito sobre a relação de Xangô com suas esposas, Oxum e Iansã. O bolinho se tornou, assim, uma oferenda a esses orixás. Mesmo ao ser vendido num contexto profano, o acarajé ainda é considerado, pelas baianas, como uma comida sagrada. Por isso, a sua receita, embora não seja secreta, não pode ser modificada e deve ser preparada apenas pelos filhos-de-santo.
O acarajé é feito com feijão-fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaços grandes e colocado de molho na água para soltar a casca. Após retirar toda a casca, passar novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescenta-se cebola ralada e um pouco de sal.
Esse primeiro acarajé sempre é oferecido a Exu pela primazia que tem no candomblé. Os seguintes são fritos normalmente e ofertados aos orixás para os quais estão sendo feitos.
O acará Oferecido ao orixá Iansã diante do seu Igba orixá é feito num tamanho de um prato de sobremesa na forma arredondada e ornado com nove ou sete camarões defumados, confirmando sua ligação com os odu odi e ossá no jogo do merindilogun, cercado de nove pequenos acarás, simbolizando “mensan orum” nove Planetas. (Orum-Aye, José Benistes).
O acará de xango tem uma forma Ovalar imitando o cágado que é seu animal preferido e cercado com seis ou doze pequenos acarás de igual formato, confirmando sua ligação com os odu Obará e êjilaxeborá.
A forma de preparo é praticamente a mesma, a diferença está no modo de ser servido: ele pode ser cortado ao meio e recheado com vatapá, caruru, camarão refogado, pimenta e salada (feita com: tomate verde e vermelho mais coentro).O acarajé tem similaridade com o abará, difere-se apenas na maneira de cozer., o acarajé é frito, ao passo que o abará é cozido no vapor.
Fonte:http://www.culturabaiana.com.br/acaraje/
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Iphan entrega obras reformadas de terreiro em Salvador
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Ministério da Cultura entregam nessa sexta-feira (11) a reforma de várias obras do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em Salvador (BA). Tombado pelo Iphan em julho de 2000, o local recebeu investimentos de R$ 560 mil.
Entre os itens reformados estão a Casa de Oxalá e da Casa de Iemanjá, que receberam nova estrutura de sustentação do telhado; reforma e recomposição de paredes e alvenarias; nivelamento e execução de novos pisos; readequação dos espaços internos; instalação de gás; revisão geral e execução de novas instalações elétricas e hidro-sanitárias; e pintura geral.
O Ilê Axé Opô Afonja é um dos terreiros mais importantes da Bahia. No local, são preservadas tradições fundamentais para a religião de matriz afro-brasileira, sendo o sítio tombado um dos símbolos da resistência cultural dos descendentes dos africanos escravizados e também da sua contribuição à formação cultural do Brasil.
De acordo com o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, o trabalho realizado no terreiro reafirma a postura do instituto na mudança de conceito sobre o que é patrimônio cultural, lembrando que “todas as manifestações que contribuíram para a formação do País e da sociedade brasileira ao longo dos séculos são parte integrante do nosso patrimônio”.
Também estão sendo feitas intervenções no Terreiro de Gantois, com reforma, ampliação e construção das novas acomodações para a Ialorixá, com investimentos de R$ 242 mil.
Entre os itens reformados estão a Casa de Oxalá e da Casa de Iemanjá, que receberam nova estrutura de sustentação do telhado; reforma e recomposição de paredes e alvenarias; nivelamento e execução de novos pisos; readequação dos espaços internos; instalação de gás; revisão geral e execução de novas instalações elétricas e hidro-sanitárias; e pintura geral.
O Ilê Axé Opô Afonja é um dos terreiros mais importantes da Bahia. No local, são preservadas tradições fundamentais para a religião de matriz afro-brasileira, sendo o sítio tombado um dos símbolos da resistência cultural dos descendentes dos africanos escravizados e também da sua contribuição à formação cultural do Brasil.
De acordo com o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, o trabalho realizado no terreiro reafirma a postura do instituto na mudança de conceito sobre o que é patrimônio cultural, lembrando que “todas as manifestações que contribuíram para a formação do País e da sociedade brasileira ao longo dos séculos são parte integrante do nosso patrimônio”.
Também estão sendo feitas intervenções no Terreiro de Gantois, com reforma, ampliação e construção das novas acomodações para a Ialorixá, com investimentos de R$ 242 mil.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Festa de Iemanjá em Salvador recebe milhares de fiéis
Mais de 300 balaios vão participar do cortejo marítimo nesta quarta-feira.
Moradores e turistas pediram bênção para a rainha das águas.
Moradores e turistas pediram bênção para a rainha das águas.
A festa de Iemanjá reuniu milhares de fiéis na praia do Rio Vermelho, em Salvador, nesta quarta-feira (2). Os grupos Psirico e Olodum fizeram cortejos pela avenida da Orla. Embarcações com imagens da rainha das águas foram levadas pelos pescadores no começo da tarde. A estimativa da Polícia Militar é de que 600 mil pessoas passem pelo Rio Vermelho para homenagear Iemanjá até a noite desta quarta-feira.
Fiéis, turistas e moradores de Salvador foram ao mar jogar oferendas de flores e lavanda para renovar pedidos de graças e agradecer pela realização de desejos do ano anterior. “Sempre peço pela saúde dos meus filhos. Faço isso há mais de 20 anos”, disse a costureira Valdira Lopes, 56 anos.
A estudante Gilbervânia Pereira, 25 anos, disse que faz a oração por Iemanjá há dois anos. Gostaria de vir mais aqui, pois sou de Salvador e não consigo participar da festa mais vezes.”
A aposentada Maria Siqueira de Jesus, 64 anos, mantém a tradição de orar pela rainha das águas há cinco anos seguidos. “Quero agradecer por minha saúde estar firme e forte.”
A estudante de nutrição Isis Leal, 32 anos, participa da festa de Iemanjá pela primeira vez. “Sou de Salvador, mas nunca tinha conseguido participar, mas sempre quis. Dessa vez deu certo. Aproveitei para pedir a benção de uma mãe de santo.”
Até as 12h, os grupos Psirico e Olodum fizeram cortejos até a Casa dos Pescadores, onde fica a oferenda mais importante da festa. A apresentação deles foi encerrada com fogos de artifício, que também marcam o início da preparação da saída do cortejo marítimo. Mais de 300 balaios (cestos de palha) vão participar do encerramento da festa.
Fonte: Globo/g1
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
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