domingo, 13 de fevereiro de 2011

GOVERNADOR E MINISTRA ENTREGAM REFORMA DE TERREIRO


Jaques Wagner, Mãe Stella de Oxossi e a ministra Ana de Hollanda no Ilê Axé Opô Afonjá


As obras de reforma das Casas de Oxalá e de Iemanjá do terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, localizado em São Gonçalo do Retiro, no Cabula, foram entregues nesta sexta-feira (11), em solenidade que contou com a presença do governador Jaques Wagner, da ministra da Cultura, Ana de Hollanda, do presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, além de secretários estaduais. Considerado um dos mais antigos terreiros do Brasil, o terreiro recebeu investimentos de R$ 560 mil, recursos advindos do Iphan. Foram realizadas obras de reforma e recomposição de paredes e alvenarias, nova estrutura de sustentação do telhado, readequação dos espaços internos, instalação de gás, execução de novas instalações elétricas e hidrosanitárias, entre outras benfeitorias. “É uma grande honra ter sempre pessoas trabalhando pelo sagrado. Os órgãos estaduais e federais sempre fazem alguma coisa aqui, nos ajudando a preservar a cultura africana. Estou realizada, porque nossos pensamentos foram escutados e as ações concretizadas”, afirmou Mãe Stella de Oxossi, que durante as comemorações presenteou o governador e a ministra, que é irmã do cantor Chico Buarque, com a réplica de um orixá.

Fonte:http://www.bahianoticias.com.br/


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Acarajé



Acarajé, Akará ou Acarajé, é uma comida do ritual do Candomblé da orixá Iansã e uma das delícias da culinária afro-brasileira feito de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, frito em azeite-de-dendê, podendo ser servido com pimenta, camarão seco, vatapá, caruru, salada, praticamente todas estas iguarias são pratos da cozinha baiana.O acarajé também é um prato típico da culinária baiana e um dos principais produtos vendidos no tabuleiro da baiana (nome dado ao recipiente usado pela baiana do acarajé para expor os alimentos), que são mais carregados no tempero e mais saborosos, diferentes de quando feitos para o orixá.

Na África, é chamado de àkàrà que significa bola de fogo, enquanto je possui o significado de comer. No Brasil foram reunidas as duas palavras numa só, acara-je, ou seja, “comer bola de fogo”. Devido ao Modo de Preparo o prato recebeu esse nome.

O acarajé, o principal atrativo no tabuleiro, é um bolinho característico do candomblé. Sua origem é explicada por um mito sobre a relação de Xangô com suas esposas, Oxum e Iansã. O bolinho se tornou, assim, uma oferenda a esses orixás. Mesmo ao ser vendido num contexto profano, o acarajé ainda é considerado, pelas baianas, como uma comida sagrada. Por isso, a sua receita, embora não seja secreta, não pode ser modificada e deve ser preparada apenas pelos filhos-de-santo.



O acarajé é feito com feijão-fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaços grandes e colocado de molho na água para soltar a casca. Após retirar toda a casca, passar novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescenta-se cebola ralada e um pouco de sal.

Esse primeiro acarajé sempre é oferecido a Exu pela primazia que tem no candomblé. Os seguintes são fritos normalmente e ofertados aos orixás para os quais estão sendo feitos.

O acará Oferecido ao orixá Iansã diante do seu Igba orixá é feito num tamanho de um prato de sobremesa na forma arredondada e ornado com nove ou sete camarões defumados, confirmando sua ligação com os odu odi e ossá no jogo do merindilogun, cercado de nove pequenos acarás, simbolizando “mensan orum” nove Planetas. (Orum-Aye, José Benistes).

O acará de xango tem uma forma Ovalar imitando o cágado que é seu animal preferido e cercado com seis ou doze pequenos acarás de igual formato, confirmando sua ligação com os odu Obará e êjilaxeborá.

A forma de preparo é praticamente a mesma, a diferença está no modo de ser servido: ele pode ser cortado ao meio e recheado com vatapá, caruru, camarão refogado, pimenta e salada (feita com: tomate verde e vermelho mais coentro).O acarajé tem similaridade com o abará, difere-se apenas na maneira de cozer., o acarajé é frito, ao passo que o abará é cozido no vapor.

Fonte:http://www.culturabaiana.com.br/acaraje/

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Iphan entrega obras reformadas de terreiro em Salvador


O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Ministério da Cultura entregam nessa sexta-feira (11) a reforma de várias obras do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em Salvador (BA). Tombado pelo Iphan em julho de 2000, o local recebeu investimentos de R$ 560 mil.

Entre os itens reformados estão a Casa de Oxalá e da Casa de Iemanjá, que receberam nova estrutura de sustentação do telhado; reforma e recomposição de paredes e alvenarias; nivelamento e execução de novos pisos; readequação dos espaços internos; instalação de gás; revisão geral e execução de novas instalações elétricas e hidro-sanitárias; e pintura geral.

O Ilê Axé Opô Afonja é um dos terreiros mais importantes da Bahia. No local, são preservadas tradições fundamentais para a religião de matriz afro-brasileira, sendo o sítio tombado um dos símbolos da resistência cultural dos descendentes dos africanos escravizados e também da sua contribuição à formação cultural do Brasil.

De acordo com o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, o trabalho realizado no terreiro reafirma a postura do instituto na mudança de conceito sobre o que é patrimônio cultural, lembrando que “todas as manifestações que contribuíram para a formação do País e da sociedade brasileira ao longo dos séculos são parte integrante do nosso patrimônio”.

Também estão sendo feitas intervenções no Terreiro de Gantois, com reforma, ampliação e construção das novas acomodações para a Ialorixá, com investimentos de R$ 242 mil.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Festa de Iemanjá em Salvador recebe milhares de fiéis

Mais de 300 balaios vão participar do cortejo marítimo nesta quarta-feira.
Moradores e turistas pediram bênção para a rainha das águas.

A festa de Iemanjá reuniu milhares de fiéis na praia do Rio Vermelho, em Salvador, nesta quarta-feira (2). Os grupos Psirico e Olodum fizeram cortejos pela avenida da Orla. Embarcações com imagens da rainha das águas foram levadas pelos pescadores no começo da tarde. A estimativa da Polícia Militar é de que 600 mil pessoas passem pelo Rio Vermelho para homenagear Iemanjá até a noite desta quarta-feira.

Fiéis, turistas e moradores de Salvador foram ao mar jogar oferendas de flores e lavanda para renovar pedidos de graças e agradecer pela realização de desejos do ano anterior. “Sempre peço pela saúde dos meus filhos. Faço isso há mais de 20 anos”, disse a costureira Valdira Lopes, 56 anos.

A estudante Gilbervânia Pereira, 25 anos, disse que faz a oração por Iemanjá há dois anos. Gostaria de vir mais aqui, pois sou de Salvador e não consigo participar da festa mais vezes.”

A aposentada Maria Siqueira de Jesus, 64 anos, mantém a tradição de orar pela rainha das águas há cinco anos seguidos. “Quero agradecer por minha saúde estar firme e forte.”

A estudante de nutrição Isis Leal, 32 anos, participa da festa de Iemanjá pela primeira vez. “Sou de Salvador, mas nunca tinha conseguido participar, mas sempre quis. Dessa vez deu certo. Aproveitei para pedir a benção de uma mãe de santo.”

Até as 12h, os grupos Psirico e Olodum fizeram cortejos até a Casa dos Pescadores, onde fica a oferenda mais importante da festa. A apresentação deles foi encerrada com fogos de artifício, que também marcam o início da preparação da saída do cortejo marítimo. Mais de 300 balaios (cestos de palha) vão participar do encerramento da festa.

Fonte: Globo/g1